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domingo, 19 de abril de 2015

Criação De Frangos

A reportagem publicada no Brasil Post, me deixou preocupado de como o caráter mudando estamos tratando, algumas questões da Terra.
O estudo, feito pela: Poultry Science, Advanced Access, 2014) (“O crescimento, a eficiência e a produtividade de frangos de corte para fins comerciais, a partir de 1957, 1978 e 2005″)
A reportagem, que aparentemente é inocente, esconde um por trás um pensamento obscuro de nossa sociedade.
Será que temos de achar natural que um frango de 900g fique com quase 4kg? E simplesmente não acontece nada demais com ela.
Será que temos de achar normal tal modo como selecionamos e criamos os animais?
Estamos criando verdadeiras aberrações para a biologia e achando lindo e maravilhoso. Afinal, o alimento é seguro e sem riscos para a saúde pois tem baixo índice de gorduras e não contêm hormônios. A partir daí, podemos aumentar o tamanho dos animais até o “ad infinitum”.
Dentre as diversas mensagens subliminares que posso observar nessa simples “maravilha genética” é o fato que os frangos ficam tão pesados que, mal conseguem andar a uma distância maior do que 1m², o que para os criadores é perfeito. Afinal, não dão mais trabalho e podemos engordar-los ao máximo e o melhor de tudo: assegurando a qualidade dos seres humanos pois não contem hormônios.
Não, realmente não acho isso tudo normal. Acho que estamos criando verdadeiros monstros RICOS EM PROTEÍNAS E POBRES EM GORDURAS. Estamos desconstruindo o que a natureza demorou milhares de anos com a sua sapiência milenar e jogando pelo ralo e nos vangloriando de nossos feitos tecnológicos soberbos.

Como diríamos: vive la science”

sábado, 18 de abril de 2015

As cobras podem ser de estimação

As cobras surgiram na Terra aproximadamente há 145 milhões de anos, evoluindo dos lagartos cavadores. São répteis carnívoros que comem aves, ovos, pequenos mamíferos, outras cobras, anfíbios, peixes e insetos. Existem perto de 3 mil espécies que variam na cor, tamanho, etc.. Sua vida pode ultrapassar os 15 anos e podem atingir  mais de 4 m, dependendo da espécie . Elas não possuem membros e têm sangue frio, o que significa que sua temperatura interna varia com a temperatura do ambiente.
Podem ser venenosas ou não venenosas. As venenosas picam suas presas, injetando veneno, antes de comê-las. E há também as cobras que matam suas vítimas por constrição (asfixia). Elas não mastigam – engolem suas presas inteiras.Trocam de pele, pelo menos, duas vezes ao ano e possuem cerca de  200 a 400 ossos – com exceção da cabeça, os ossos são, exclusivamente, vértebras. Captam  vibrações do solo e  sons de baixa frequência . “Sentem” cheiros através da língua. Da maioria das fêmeas nascem filhotes vivos e algumas botam ovos.
As serpentes têm função muito importante no biossistema, controlando a população de roedores e até de cobras venenosas, pois algumas espécies só se alimentam de filhotes das venenosas. São animais magníficos e muito úteis em seus territórios.
Infelizmente, as cobras, estão sendo procuradas cada vez mais, como animais “domésticos” . E o que leva uma pessoa a querer adotar uma cobra como animal de estimação, já que serpentes  não demonstram carinho, não  reconhecem o tutor e não são animais para  “brincar”?
Talvez, cuidar de um animal diferente  “encante” as visitas e faça do tutor uma “sensação”. Geralmente, quem se interessa  em adotar uma cobra, quer parecer excêntrico  e, no fundo, reverencia o medo que ela inspira. Alguns psicólogos afirmam que criar um animal silvestre e exibi-lo, possivelmente, indique  uma personalidade  insegura, com necessidade de poder e status. Lamentavelmente, o comércio (legal ou ilegal) das serpentes como animais de estimação, é crescente.
No Brasil, há duas condições para a compra e venda: é proibido criar espécies peçonhentas (venenosas) e o comércio de animais da nossa fauna também é proibido, a menos que o IBAMA autorize. Ter animais silvestres como animais de estimação é ilegal, conforme a Lei de Crimes Ambientais nº 9605 / 98. Ela proíbe a utilização, perseguição, destruição e caça de animais silvestres e prevê pena de prisão de 6 meses a 1 ano, além de multa para os infratores.
Para alguém criar uma cobra, há vários encargos (além da autorização do IBAMA, etc.):  terrário – onde o solo, a temperatura e a iluminação devem ser controlados. Por maior que seja o terrário, ele restringe, dramaticamente, os movimentos de uma cobra. Alimentação – a cobra em cativeiro se alimenta de ratos adultos e de ratos recém nascidos (pinkies) -será que o tutor terá “estômago” para providenciar a comida? Além disso, todos os membros da família  que irão  “morar” com a serpente, devem estar envolvidos no processo  e aceitarem conviver com a cobra. E caso o tutor desista de ficar com o bicho, o que é comum, já que cobras podem viver em torno de 15 anos, é muito difícil conseguir uma adoção.
Obviamente, essa cobra não será feliz como seria em seu território. Com certeza, cuidar de animais silvestres  ou exóticos em casa  não é amar a natureza. Lugar de animal é em seu habitat natural.
Comprar uma cobra, mesmo legalmente, estimula o tráfico. Acredita-se que o comércio ilegal de animais movimente cerca de 10 bilhões de dólares por ano em todo o mundo. Só o tráfico de drogas e armas é maior. Todos os anos, mais de 38 milhões de animais silvestres são retirados ilegalmente de seus habitats no Brasil, sendo 40% exportados, segundo relatório da Polícia Federal. Segundo a ONG Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais (RENCTAS) os bichos saem, principalmente, da Bahia, Piauí, Pernambuco, Maranhão, Paraíba e Ceará. E são enviados para  Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Dos animais traficados, para cada 10 só sobrevive 1 (9 morrem durante a captura e o transporte). As cobras, para o transporte, são sedadas e colocadas em meias de nylon.
O tráfico de animais, além de crime,  é uma enorme covardia – os bichos sofrem muito, a maioria morre  e  algumas espécies acabam entranto em processo de extinção.
Enquanto isso, um sem número de cães e gatos abandonados  espera  por uma  adoção.
Notas:
- Qual é o termo correto: cobra ou serpente? No Brasil, ambos os termos são aceitos. Porém, no exterior, o mais acertado é usar a palavra “serpente”;
- O ser humano possui 206 ossos;
- Das 391 espécies de serpentes brasileiras, 28 são consideradas em algum grau de risco, de acordo com avaliação realizada por especialistas brasileiros durante encontro promovido pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios, em Iperó, São Paulo (2012). A lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção registra 5 serpentes. Entre elas está a surucucu-pico-de-jaca. Caso os novos dados sejam confirmados, esse número subirá mais de 6 vezes, para 33;
- O RankBrasil homologou a surucucu-pico-de-jaca por ser a maior cobra peçonhenta do Brasil e da América do Sul – chega a medir 4,5 m de comprimento.  Seu bote pode atingir uma distância aproximada de metade de seu corpo. É uma das serpentes mais venenosas do mundo. É um animal ameaçado de extinção.
- Animal silvestre – pertence às espécies nativas. Animal exótico – sua distribuição geográfica não inclui o território brasileiro.

*Texto registrado na Biblioteca Nacional – Direito Autorais. Reprodução permitida, desde que mantido integralmente o texto, sem alterações.


sábado, 28 de março de 2015

CRIAÇÃO DE CANÁRIOS BELGA

   Ao escrever este artigo, tento instruir os iniciantes a não cometerem erros que um dia eu cometi, tendo em vista o meu então despreparo e total desconhecimento sobre como criar canários da forma adequada e com o mínimo de técnica necessária para obter resultados satisfatórios.
     Descrevo nesta matéria algumas sugestões básicas para a montagem do local de criação, compra de matrizes e o trato para com as aves do seu plantel, para o início de uma gostosa e prazerosa atividade. Sugestões estas que, sobre minha ótica, são indispensáveis para o sucesso da criação de canários.


O Tempo Disponível

     Antes de qualquer coisa, é muito importante salientar que o tempo que o iniciante irá dispor para o trato e manutenção do seu plantel deve ser compatível com o número de pássaros que serão criados, evitando assim futuros problemas de manejo. Pois temos que lembrar que na época da cria o número de aves dentro do criadouoro duplica e muitas vezes triplica, ocupando um tempo ainda maior do criador. Por exemplo, se o criador dispõe no seu dia de trabalho apenas do tempo suficiente para cuidar de dez casais, então que só crie dez casais. Pois se ultrapassar este número, você não poderá dar a atenção necessária a todas as aves: verificar os fundos das gaiolas, os poleiros, observar se nenhum filhotinho caiu do ninho, etc. Ou seja o rendimento do seu plantel vai cair e muito. É fato, que com o passar do tempo a prática vai aumentando e a facilidade para com o manejo do plantel também. Por isso aconselho aos iniciantes começarem sua criação com no máximo 10 (dez) casais, de forma que com este número vá adquirindo experiência no trato dos canários. Assim obtendo maiores resultados e satisfações com a sua criação.
Espaço Físico
     Para iniciar este assunto, o qual eu considero de extrema importância, devo alertá-los de que a superpopulação é fator prejudicial na criação de canários, acarretando uma significativa queda da fertilidade e da postura, como também aumentando o nível da mortalidade dentro do seu criadouro.
     Bom, de início vamos escolher o lugar onde serão instaladas as gaiolas de criação, considerando que este local deve ser um quarto ou cómodo com iluminação e ventilação bem satisfatórias, pois são quesitos fundamentais para manter a “boa” saúde das suas aves. A ventilação e troca de ar deve ser constante, evitando assim que as aves respirem o ar saturado, que é propício para a proliferação dos ácaros e consequentemente para o surgimento de doenças respiratórias. Não aconselho que o piso do criadouro seja feito de madeira e nem possua buracos ou fendas, já que estes são excelente morada para os piolhos, ácaros e microorganismos. O piso ideal é liso, facilitando a limpeza diária do criadouro. É bom lembrar que a visita de certos insetos, principalmente o pernilongo, é totalmente indesejável. Por isso o criador deve colocar telas na janela e nas saídas de ar para que os insetos estejam impossibilitados de adentrar ao criadouro. Mais uma vez falo a vocês sobre o grande problema da superpopulação, procure criar um casal de canários para cada metro cúbico do criadouro, e não se esqueça de considerar em seu cálculo os filhotes que virão na época da criação.
As Gaiolas
      Depois de definido o local para a criação, o iniciante deve se preocupar então, com a compra das gaiolas. Para separar os casais para a criação, a gaiola mais indicada é a Argentina, a qual possui uma divisória que facilita a separação de filhotes para que a mãe inicie nova postura. Estas devem ser dispostas (penduradas) em suportes apropriados, os quais mantém as gaiolas afastadas da parede, posto que se um canário ingerir um pedaço de pintura poderá lhe causar sérios problemas de saúde ou até mesmo a morte. As gaiolas devem estar pelo menos a 30cm do chão facilitando assim a limpeza do pizo. É bom dizer também que a gaiola de cima não deve ficar muito alta, pois isso irá dificultar o manejo que o criador terá com o ninho, na verificação dos ovos por exemplo. O iniciante terá de adquirir também, se possível, uma voadeira, na qual serão colocados os filhotes já separados dos pais. Atitude importante também é a aquisição de grades de fundo extras, isso facilita, e muito, na hora da lavagem das mesmas.
A Compra das Matrizes
A formação do seu plantel deve ser tratada com atenção especial. O cuidado e a observação técnica na compra de qualquer ave é imprescindível para o sucesso da criação. Várias vezes já tive a oportunidade de me deparar com criadores iniciantes se queixando, pois haviam gastado uma verdadeira fortuna com aves para seu plantel, e no ano seguinte qual não foi a surpresa, lamentável! Não adianta apenas comprar exemplares de criadores renomeados, estes canários devem estar gozando de excelente saúde e apresentar qualidades técnicas dentro dos padrões exigidos. Está enganado aquele que pensa que que os grandes criadores só possuem aves de excelente qualidade para a venda, sim eles possuem ótimos exemplares, mas também possuem aqueles pássaros que tecnicamente deixam um pouco a desejar. Por isso procure os criadores dos quais você já tem alguma informação positiva, pois existem pessoas que adoram confundir os iniciantes.
     Bom, então quando for adquirir alguma ave para seu plantel tome muito cuidado e preste atenção nos seguintes itens:
     Só compre canários os quais você tem certeza que possuem uma linhagem bem apurada, geneticamente falando. Procure informações sobre os pais da ave. Este detalhe é muito importante, pois comprando um canário dentro dos padrões você nem sempre está levando junto uma carga genética tão bela como toda aquela beleza esteriótipa.
  • Analise bem o tipo do canário, seguindo rigorosamente os padrões da cor ou raça. Para isso é muito importante que você possua em suas mãos o manual de julgamento da OBJO.
  • A saúde do exemplar deve ser impecável, sendo que a barriga não deve apresentar nenhuma mancha escura. Observe patas e bicos. Nas patas não devem ser notadas cracas ou qualquer tipo de infecção micótica, as quais podem ser transmitidas para as aves do seu criadouro. O bico deve ser levado junto ao seu ouvido, não podendo ser notado nenhum tipo de ruido em sua respiração.
  • Procure adquirir filhotes, pois os adultos que estão sendo vendidos (na maioria das vezes) não agradaram o criador em algum sentido.
  • Nunca adquira mais pássaros do que o espaço em seu criadouro permita, nem que consumam mais tempo para tratá-los do que você pode dispor.
     Além de seguir rigorosamente estes itens, você deve pedir o auxílio técnico de algum criador experiente ou até mesmo da diretoria técnica do seu clube. Esta ajuda será muito importante na sua escolha. Atitude importante também, é não ter pressa. Se naquele criador você não encontrou o pássaro ideal, não hesite em recusar, tenha coragem e diga NÃO!! Tenha um pouco mais de paciência e visite mais criadores.
Alimentação
     Este é um assunto complexo e polémico, pois existem vários métodos e receitas de sucesso. Mas para que o iniciante se situe de forma a ficar bem esclarecido com o tema, é importante saber sobre as principais fontes de alimentação que devem ser oferecidas aos canários:
  • A mistura de sementes: que deve ser de origem conhecida e com o mínimo de poeira ou sujeira. Preste bem atenção no estado das sementes, não podendo ser notado nenhum tipo de fungo ou bolor nas mesmas.
  • A farinhada que deve ser oferecida aos canários diariamente na época da cria e muda, e três vezes na semana em época de descanso. Existem disponíveis no mercado farinhadas de excelente qualidade, algumas que até já possuem o ovo, complemento indispensável no trato dos canários, na minha ótica. Você também poderá elaborar a sua farinhada caseira, para isso consulte um criador experiente  e pegue a receita dele, isto diminui e muito o custo com a alimentação.
  • A areia é muito importante, pois todos nós sabemos que as aves a utilizam como meio triturador de alimentos em seu organismo, pelo fato de não possuírem dentes. É importante que você escolha uma areia bem limpa, e  acrescente nela farinha de ostra ou então casca de ovo moída, sendo estes excelente fonte de cálcio. Misture na proporção de 50% destes elementos  para 50% de areia limpa.
  • O iniciante pode oferecer também às suas aves, verduras frescas, giló e maçã, os quais são muito bem aceitos pelas aves. A verdura que ofereço em meu criadouro é o Almeirão, bem lavado e livre de agrotóxicos.
  • Não se esqueça de que a água dos potinhos deve ser renovada diariamente, evitando assim o aparecimento de fungos.
A Cria
     Ufa!!! Enfim é chegada a grande hora!!! Hora em que iremos preparar nossas aves para a temporada de reprodução. A época mais adequada para o início da cria começa a partir da metade do mês de agosto. Procure já no mês de julho separar os machos, deixando-os sozinhos em sua respectivas gaiolas de criação. Lá pelo dia 10 de agosto coloque a divisória na gaiola, deixando a fêmea no outro compartimento.
      Comece a reparar no comportamento do casal, assim que você notar a simpatia entre eles. Por exemplo, o macho alimentar a fêmea através da grade divisória é sinal de que está na hora!! Retire a divisória, coloque o ninho e ofereça constantemente fios de aniagem com o qual a fêmea irá construir seu ninho. Repare que é muito importante que não falte aniagem para a fêmea, pois ela poderá atacar o macho atrás de suas penas.
     As fêmeas costumam botar de 4 a cinco ovos, os quais você deverá substituir por um index (ovinho de plástico), no quarto dia de postura junte-os de volta  ao  ninho para  que assim a fêmea possa chocá-los. Entre o quinto e o oitavo dia de choco você deverá verificar se os ovos estão fecundados (cheios). Para isso é necessário que você construa um ovoscópio, que pode ser feito com uma caixa velha ou então uma lata. Aproximadamente no 13o dia os ovinhos eclodiram.
     Nos primeiros 7 dias de vida é aconselhável que o criador utilize o auxílio de uma papinha própria para alimentar os filhotinhos, isso porque é a faz mais crítica na vida deles, e qualquer ajuda que vier de fora será de muita importância. Lá pelo 6o ou 7o dia de vida devemos anilhar o filhote.
     O anel é importante pois nele estão gravados o seu número de criador, o número do filhote e o ano em que ele nasceu. Estes anéis são fornecidos pela FOB, e podem ser encomendados em seu clube. Bom, para anilhar o filhote precisa-se ter muito cuidado pois eles ainda estão muito frágeis nesta época. O anel deve ser introduzido na pata do filhote passando-se primeiramente os três dedinhos dianteiros, ficando o dedinho traseiro junto à canela do filhote. Este passa pelo anel logo em seguida.
      Tome cuidado, procure anilhá-los se possível no final da tarde, pois a fêmea pode estranhar a anilha jogando o filhotinho para o fundo da gaiola. Se isto acontecer camufle o anel com uma fita adesiva (esparadrapo). Após aproximadamente uns 15 dias os filhotinhos já estarão quase cobertos pelas novas peninhas. Está quase na hora de separá-los da mãe. Espere eles saírem do ninho por vontade própria, coloque a divisória da gaiola, deixando um poleiro bem baixinho e junto da grade divisória, para que os pais possam alimentá-los. Ao mesmo tempo, troque o forro do ninho por um bem limpo, pois com certeza a fêmea iniciará uma nova postura em breve!!!
      Coloque no lado da gaiola em que ficaram os filhotes um potinho com sementes e outro com farinhada, e fique observando se eles já estão se alimentando sozinhos. A partir deste momento, você já poderá separá-los dos pais, mas tenha muito cuidado!!! Tenha certeza de que o filhote está se alimentando direito. Coloque-os em uma voadeira, acumulando no máximo de 15 a 20 filhotes em cada uma, para que os jovens canários possam fazer seus exercícios de vôo livremente. E não se esqueça de oferecer banho a ele.
A Muda
     Logo após o período de cria, digo meados de janeiro até março, os filhotes e seus pais irão mudar de pena. Tome muito cuidado!!! Pois é uma das fases mais críticas da vida deles, crítica porque eles utilizam muito da sua energia na troca de suas penas. Nesta época aconselho a você colocar os filhotes nas gaiolas argentinas em no máximo 4 aves por gaiola, passando os pais para as voadeiras, separando os machos das fêmeas.
Conclusão
     Espero com esse artigo ter ajudado um pouco no esclarecimento das dúvidas que sempre aparecem quando se está iniciando uma criação de canários. Bom, armas na mão, só resta a vocês tomar coragem e mãos à obra!!!
Boa Sorte!!!



sexta-feira, 27 de março de 2015

COMO COMEÇAR UM CRIATÓRIO DE CABRAS





Com o preparo certo, criar cabras pode ser uma das mais agradáveis experiências agrícolas. Além disso, bons motivos para investir nesta empreitada não faltam. Não é à toa que as cabras são a salvação de mais de um milhão de famílias no sertão: durante a seca, quando é comum sofrer perdas nos rebanhos bovinos e na lavoura, as cabras continuam ali, firmes e fortes, comendo cascas e folhas secas e produzindo leite (o leite de cabra possuir mais nutrientes e é de digestão mais fácil para os portadores de intolerância à lactose). Além da carne bastante apreciada no Nordeste e do leite altamente nutritivo, os criadores ainda se beneficiam da pele. E há ainda os que criam os bichos na cidade grande mesmo, como animais de estimação, pois são dóceis e se apegam facilmente ao criador. Este artigo traz os pontos a serem considerados caso você esteja pensando em começar uma criação pela primeira vez.
1
Fique de olho na legislação do Ministério da Agricultura. As cabras são tão fáceis de criar que há muita gente que mantém algumas no quintal de casa mesmo. Porém, é proibido circular com elas pela cidade. E como esses animais comem praticamente de tudo (incluindo artigos de couro e roupas), cuidado para que eles não danifiquem objetos pertencentes aos seus vizinhos. E, apesar de serem um dos bichos que menos exigem cuidados, procure manter uma rotina de limpeza no local onde eles costumam passar a noite e se alimentar, além de tratar de um ou outro que ficar doente.
  • Para a criação de cabras com intuito comercial, será preciso respeitar as normas básicas do Programa Nacional de Saúde Animal. Vale visitar o site do Ministério da Agricultura a respeito da sanidade animal e conferir em detalhes o manual de legislação, o qual inclui o controle de doenças como a febre aftosa e da larva da mosca-de-berne, por exemplo.
2
Procure adquirir pelo menos duas cabras. Por serem animais sociais, caso fiquem sozinhas, as chances de ficarem arredias ou de tentarem escapar ficam maiores. Devido ao fato de que os bodes que ainda não foram castrados não podem ficar junto com as fêmeas, continue lendo para decidir-se pelo sexo dos animais. 
3
Escolha o número de machos e de fêmeas para o seu rebanho. As fêmeas precisam engravidar de um macho antes de produzirem leite. O problema é que criar um bode ainda não castrado requer mais trabalho. Ele precisa ficar em um criadouro separado e possui um cheiro forte que alguns consideram bastante desagradável. Além disso, ele costuma ser agressivo. Se você é iniciante, é melhor começar a sua criação com duas cabras. Se quiser cruzá-las, vale a pena pagar um criador profissional para deixar um dos bodes deles cruzar com suas fêmeas.
  • Os machos castrados não podem cruzar. Eles são normalmente criados para “limpar” os quintais, pois comem frutas caídas e folhas e galhos secos.
  • Caso decida adquirir um macho ainda não castrado, procure comprar de um criador que possa fornecer um documento que comprove a procedência e a raça do animal para garantir a qualidade dos filhotes.